Guilherme Costa, de 18 anos, matou Ingrid Bueno, de 19 anos, após se terem encontrado pela primeira vez. Os jovens conheciam-se há um mês no mundo online, onde costumavam jogar videojogos.
Ingrid Bueno era conhecida com "Sol" no mundo do gaming e jogava na equipa FBI E-Sports.
Guilherme, que entre os "gamers" se apresentava como lash Asmodeus, atraiu a jovem a sua casa, em Pirituba, São Paulo, na passada segunda-feira. Depois de a matar à facada, "filmou o cadáver ensanguentado, confessou o crime, riu-se e aproveitou para promover um livro".
"Vocês acham que é tinta, montagem ou algo do género, mas não é. Eu realmente matei-a", disse no vídeo, que publicou nos grupos online de eSports e da sua equipa, a Gamers Elite. "Olhem que maravilha", acrescentou, enquanto apontava a câmara para a faca no abdómen de "Sol".
De acordo com familiares, o autor do crime fugiu mas foi convencido pelo irmão de que o melhor seria entregar-se à polícia e confessar o crime. Assim fez e foi detido.
"A minha sanidade mental está completamente apta. Eu quis fazer isto", disse o jovem no momento da detenção, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública ao jornal brasileiro "Extra".
Guilherme explicou à polícia que o seu objetivo era divulgar um livro onde partilhava planos para executar pessoas cristãs. "Se escolheste ser uma pessoa sem sentimentos alheios, só tens que matar várias pessoas e impedir que os remorsos te atinjam", escreveu no livro, segundo o R7, um site de notícias brasileiro.
A mãe de Guilherme diz estar "sem palavras" e que o seu filho era acarinhado por "toda a gente". "O filho que eu criei não foi este", disse em entrevista ao canal televisivo Record.
Lola Aronovich, professora e ativista feminista, confessou no Twitter ter recebido um email de Guilherme com o título "um ato louvável". "Ganhei um ódio forte pelas mulheres. Quero ser um homem seguro e esperto, não sei se isso será possível, porém deixo-lhe o meu livro. Nele eu falo de tudo sobre mim e do motivo que me levou a fazer o que fiz. Sinceramente, não foi em vão", escreveu o jovem no email, posteriormente publicado no blogue da ativista.
A Justiça decretou a prisão preventiva do jovem e, de acordo com o site R7, deverão ser feitos exames psiquiátricos para avaliar em que condições poderá ser julgado.
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