Um homem de 92 anos, natural de Milheirós de Poiares, Feira, foi dado como morto pelo Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV), mas passados 20 dias após o anúncio da morte e do funeral a família foi informada que o homem afinal está vivo.
Um homem dado como morto está vivo e internado há cerca de dois meses no Hospital de Oliveira de Azeméis, devido a problemas respiratórios. Durante a hospitalização ficou infetado com covid-19 e, no passado dia 10, a família foi informada que o idoso tinha falecido.
"Ligaram para a minha irmã a dizer que ele tinha falecido. Ainda tentei ver o corpo para o reconhecer, mas não deixaram" lembrou, ao JN, o filho, Aurelino Vieira.
Agora, 20 dias volvidos, o hospital admitiu o "lamentável erro" e informou a família de que o idoso, afinal, estava vivo. O corpo sepultado pertence a outra família que foi contactada pelo administrador do Centro Hospitalar, que explicou a ambas as famílias a situação ocorrida.
Caberá ao Ministério Público tratar do processo da retirada do corpo que foi enterrado em Milheirós. O funeral foi realizado no passado dia 12, pela família do homem que, afinal, está vivo. "Insisti para ver o corpo, porque alguma coisa me fazia suspeitar que podia não ser o meu pai, mas não deixaram e eu compreendi", referiu.
Na manhã deste sábado, passados 20 dias sobre a morte anunciada, a notícia chegou à família. "Vieram uns médicos do hospital falar comigo a dizer que houve um erro e que o meu pai estava vivo, para eu ir confirmar. Pediram desculpas pelo erro", lembrou o filho que, de imediato, se deslocou ao Hospital de Oliveira de Azeméis.
"O meu pai estava vivo e consciente. Estive a falar com ele e está lúcido", revelou.
Apesar de magoado, Aurelino Vieira mostra alguma compreensão com o sucedido. "Sei que nesta altura os médicos estão com muito trabalho, mas espero que este acontecimento sirva para haver mais cuidado no futuro", referiu.
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