
Após 18 meses de tratamento, Janice Johnston só piorava e nem sequer conseguia trabalhar. Recorreu a outro hospital e percebeu que não tinha cancro, mas sim outra doença que faz com que o corpo produza glóbulos vermelhos em excesso.
Janice Johnston fez quimioterapia durante 18 meses. "Um inferno", descreveu. Mas, afinal, não tinha cancro. A britânica, de 53 anos, vai agora ser indemnizada pelo hospital em mais de 84 mil euros.
Após ter sido diagnosticada, em 2017, com um cancro raro no sangue e submetida a mais de um ano de tratamento, Janice, mãe de quatro filhos, apenas piorava e decidiu pedir uma segunda opinião médica. Recorreu a outra unidade hospitalar e percebeu que não tinha cancro, mas sim uma doença que faz com que o corpo produza glóbulos vermelhos em excesso.
Segundo avança a BBC, o NHS Foundation Trust da East Kent Hospitals University assumiu a responsabilidade: os médicos prescreveram-lhe o tratamento sem ser efetuada uma biópsia à medula óssea.
"Quando me disseram que eu não tinha cancro, fiquei em choque", reconheceu Janice Johnston, acrescentando que será difícil esquecer o momento em que contou aos filhos que estava doente e não sabia se iria conseguir vê-los crescer. Já para não falar do medo constante com que vivia depois de lhe terem dito que, a qualquer momento, poderia sofrer um ataque cardíaco ou derrame fatais.
Além da perda de peso e da fraqueza generalizada, a quimioterapia fez com que a britânica perdesse os dentes. Janice tinha náuseas, suores noturnos e sentia-se tão fragilizada que decidiu apresentar a demissão da casa de saúde onde trabalhava como auxiliar.
"Eu não vivia, sobrevivia", descreveu, explicando que, apesar de ter dito aos médicos que a quimioterapia não estava a fazer efeito, só lhe aumentaram as dosagens.
Janice decidiu, por isso, recorrer ao Guy's Hospital, onde lhe fizeram exames e detetaram o diagnóstico errado. "Senti um segundo de alívio e, depois, muita raiva por me terem feito viver este inferno durante dois anos", concluiu.
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