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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

DEUTSCHE BANK CORTA RELAÇÕES COM DONALD TRUMP


O Deutsche Bank é a mais recente empresa a cortar laços com Donald Trump. O banco alemão, que alimentou a Organização Trump durante duas décadas, não fará mais negócios com o presidente norte-americano cessante e as suas empresas.

A notícia foi avançada esta terça-feira pela imprensa norte-americana, citando fontes anónimas do banco, próximas do processo de deliberação que é confidencial.

A ação do Deutsche Bank segue-se ao episódio da invasão do Capitólio dos EUA, na última quarta-feira, por uma multidão de apoiantes de Trump, por si incitados a não aceitarem o resultado das presidenciais de novembro, que atribuiu a vitória ao democrata Joe Biden. Surge ainda na sequência do início do segundo processo de "impeachment" (destituição) de Donald Trump, levantado pelos democratas.

O Deutsche Bank tem sido o maior credor de Trump. A "Trump Organization", liderada pelos dois filhos mais velhos do presidente, deve a este banco cerca de 340 milhões de dólares (quase 280 milhões de euros) em empréstimos.

Depois de uma série de falências na década de 1990, o Deutsche Bank continuou a emprestar dinheiro a Trump e às suas empresas, mesmo muito depois de outros bancos o rejeitarem. Em 2008, Trump processou a divisão de imóveis do banco depois de deixar de pagar um crédito de 40 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros), usado para financiar a construção do Trump International Hotel and Tower, em Chicago.

O magnata acusou o Deutsche Bank de ser um dos causadores da crise financeira e exigiu 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,47 mil milhões de euros) de compensação. O banco acabaria por lhe emprestar mais dinheiro para pagar a dívida existente, recorda a imprensa norte-americana.

O Deutsche Bank resistiu ainda à frente dos democratas levantada na Câmara de Representantes e no Senado para explicar a sua relação com Trump e para esclarecer se bancos ou entidades estatais russas asseguraram algumas das suas dívidas.

O banco alemão não quis comentar as notícias desta terça-feira, mas na semana passada, a diretora-executiva do Deutsche Bank nos EUA, Christiana Riley, condenou a invasão do Capitólio nas rede sociais. "Temos orgulho de nossa Constituição e apoiamos os que tentam mantê-la, de modo a assegurar que a vontade do povo seja preservada e que ocorra uma transição de poder pacífica", disse.

De acordo com a agência de notícias "Reuters", o Deutsche Bank já vinha desde novembro a tentar cortar as relações de negócio com Trump, cansado de publicidade negativa.

Também o banco nova-iorquino Signature Bank, no qual a filha do presidente Ivanka Trump chegou a ser membro do conselho administrativo, decidiu romper ligações com o presidente e as suas empresas.

A instituição, que defendeu a renúncia de Trump neste final de mandato, anunciou que encerrará duas contas pessoais de Trump, nas quais detém um total de 5,3 milhões de dólares (cerca de 4,36 milhões de euros), diz a Bloomberg.

As companhias a virarem costas a Donald Trump têm-se multiplicado a cada dia, desde a semana passada, em coro com as grandes redes sociais como o Facebook e o Twitter, que suspenderam o seu perfil.

Empresas líderes de mercado como a Coca-Cola e a rede de hotéis Marriott já disseram que vão parar as doações políticas aos republicanos que apoiam a teoria de fraude eleitoral promovida por Trump.

Muitos dos maiores bancos dos EUA, como o JPMorgan Chase, o Goldman Sachs, o Citigroup e o Morgan Stanley, também já tinham anunciado que suspenderão as doações dos seus comités de ação política.

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