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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

GNR TEME VINGANÇA POR MORTE NO SEIXAL E FECHA PORTA DOS POSTOS


Documento interno revela estado de alerta e militares são aconselhados a usar colete balístico. Avistadas carrinhas com homens armados.

A GNR teme "represálias" pela morte de um indivíduo de 43 anos, numa troca de tiros com militares da GNR registada no Seixal, e emitiu ontem uma ordem interna onde avisa que "os postos territoriais devem manter-se de porta fechada".

"As patrulhas devem fazer uso obrigatório de colete balístico", ordenou também o comandante do Comando Operacional da GNR, tenente-general José Manuel Lopes dos Santos Correia, avisando ainda que "todas as intervenções policiais devem ser comunicadas e devidamente providas de especial cuidado e segurança".

Um documento da GNR, a que o JN teve acesso, começa por dar conta de que, "segundo notícia recebida nesta Guarda, existe a possibilidade de represálias para com os militares da GNR", na sequência dos incidentes que se registaram no parque de estacionamento de um supermercado de Fernão Ferro, Seixal, e dos quais resultou um morto e três feridos.

"A notícia em apreço faz referência a três viaturas de cor branca tipo furgão com vários indivíduos armados", relata o documento da GNR, salientando que os mesmos homens "se concentraram nas imediações da residência do indivíduo que faleceu no incidente, e que se ausentaram para parte incerta".

O comandante operacional da GNR mandou avisar "todo o dispositivo" daqueles factos.

O estado de alerta da GNR deve-se à morte de Miguel Abreu, um indivíduo com 43 anos de idade e residência em Sesimbra, que era procurado pela GNR. Este homem tinha sido condenado numa pena de prisão, em Setúbal, por crimes de roubo. Mas andava a monte e, na sequência de uma série de outros roubos, em Benavente e Coruche, os militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) deste último concelho recolheram informações que apontavam para o mesmo Miguel Abreu e perceberam que recaía sobre ele um mandado de detenção.

Já na terça-feira, um militar do NIC e outro guarda faziam uma operação de vigilância ao suspeito e decidiram dar cumprimento ao mandado. Mas, quando se identificaram, Miguel Abreu terá puxado de uma arma e disparado sobre eles, gerando-se uma troca de tiros. Um guarda ficou com uma bala cravada no colete balístico e foi atingido por outra no abdómen. O segundo foi atingido com um tiro numa perna.

O suspeito levou um tiro, fatal, na traqueia, enquanto a mulher que o acompanhava foi alvejada e sofreu ferimentos ligeiros numa perna.

Após o tiroteio no parque de estacionamento de um supermercado, em Fernão Ferro, no Seixal, juntaram-se na zona do supermercado familiares da vítima mortal, tendo-se ouvido juras de vingança.

Militar estável

O militar que levou um tiro no abdómen foi sujeito a uma intervenção cirúrgica, no Hospital Garcia de Orta, tendo-lhe sido removido parte do intestino. Ontem estava em estado considerado estável.

Feridos leves

O segundo militar baleado sofreu apenas ferimentos ligeiros numa perna, tal como a mulher que acompanhava o suspeito abatido.

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