Depois de ter anunciado a proibição de feiras e mercados de levante em 121 municípios, a partir de quarta-feira, o Governo deixa, agora, a decisão nas mãos das autarquias. Os feirantes, que acusavam a medida de "injusta e discriminatória" afirmam que foi reposta a "justiça".
A intenção do governo em proibir a realização de feiras e mercados de levante resultou em forte contestação por parte de comerciantes e seus representantes que ameaçavam com ações de protesto em todo o país.
Contudo, o JN confirmou, junto de fonte do Governo, que este admite a realização das feiras nos concelhos considerados de maior risco, desde que estas sejam autorizadas pelas autarquias e dentro do respeito pelas normas de segurança e no cumprimento das normas da DGS.
"É uma decisão que acolhemos com felicidade. O Governo acaba por colocar justiça numa decisão que não estava correta", afirmou o presidente da Associação de Feiras e Mercados do Norte, Fernando Sá.
O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Pinto Moreira, cidade onde se realiza a maior feira semanal do país, irá autorizar a continuidade deste mercado ao ar livre.
"É um recuo saudável do Governo. Era uma decisão absolutamente injusta discriminatória em relação aos feirantes deste país e dos mais de 800 da feira de Espinho", afirmou.
O autarca diz-se disponível para atualizar o plano de contingência da feira de Espinho, "em parceria com os representantes dos feirantes, forças de segurança e autoridade de saúde".
"Queremos que o acesso à feira seja feito de forma segura, para reforçar a confiança dos consumidores e dos feirantes", explicou.
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