É a primeira vez que uma primeira-dama vai manter o emprego a tempo inteiro e desempenhar funções como mulher do Presidente dos Estados Unidos.
A futura primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, quer manter o emprego como professora de inglês fora da Casa Branca, enquanto cumpre os deveres de primeira-dama. É a primeira vez que acontece em 231 anos de história.
No primeiro discurso depois do anúncio da vitória, no sábado, Joe Biden, sem adiantar pormenores, falou da mulher.
“Para os educadores americanos, este é um grande dia para vocês. Vão ter uma de vós na Casa Branca. E a Jill vai ser uma excelente primeira-dama. Estou tão orgulhoso dela", afirmou.
Jill Tracy Jacobs Biden, de 69 anos, tem dois mestrados e um doutoramento, nas áreas da Educação e do Inglês. Ao longo dos anos, foi reforçando a paixão e o compromisso pelo ensino em entrevistas e nas redes sociais.
"Ensinar não é o que eu faço. É quem eu sou", escreveu Jill Biden em meados de agosto, na rede social Twitter.
No mesmo mês, numa entrevista à CBS afirmou:
"Se chegarmos à Casa Branca, vou continuar a dar aulas. Quero que as pessoas valorizem os professores".
A professora universitária continuou a lecionar enquanto o marido foi vice-presidente dos Estados Unidos nos dois mandatos de Barack Obama. Já era professora na faculdade comunitária de Northern Virgina. Só parou de trabalhar durante esta campanha às eleições presidenciais. Segundo ela, era o momento de apoiar a candidatura do marido.
"Os americanos sempre quiseram que as primeiras-damas estivessem na Casa Branca ao lado do presidente", afirmou a historiadora Katherine Jellison ao jornal norte-americano USA Today.
Jellison acrescentou que "talvez tenha chegado o momento" em que os norte-americanos vão aceitar que a mulher de um Presidente "pode ser primeira-dama e uma pessoa que trabalha" fora da Casa Branca.
Nos últimos mandatos presidenciais, as primeiras-damas focaram-se na agenda do Presidente. Por exemplo, Michelle Obama foi o rosto de Let's Move, uma campanha contra a obesidade infantil, e Melania Trump trabalhava na campanha Be Best, uma iniciativa dedicada às emoções das crianças.
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