Aproveitando a ira com que Trump tem reagido no Twitter ao processo de contagem dos votos – em particular dos votos por correio –, a jovem ambientalista sueca devolve agora o mimo com que o ainda Presidente a brindou em Dezembro de 2019.
Há um ano, a revista Time distinguia Greta Thunberg com o título de personagem do ano. Trump reagiu com estas palavras: “Tão ridículo. Greta tem de tratar do seu problema para Controlar a Raiva, e depois ir a um filme clássico com um(a) amiga/o! Calma Greta, Calma!”.
A reacção de Trump à distinção de Greta ocorreu apenas um par de meses depois de os dois se terem cruzado na cimeira para o clima das Nações Unidas, em Nova Iorque, um momento captado pelos fotógrafos com a sueca a lançar um olhar gelado a Trump quando este passou por ela.
Mas a vingança é um prato que se serve frio e Greta Thunberg, face às reacções destemperadas de Trump nesta recta final de contagem de votos, respondeu ao Presidente norte-americano na mesma moeda e também através do Twitter, rede social que é como uma casa para Trump.
Ao tweet inicial de Trump, escrito em letra capital “PAREM A CONTAGEM”, comentou a ambientalista: “Tão ridículo. Donald tem de tratar do seu problema para Controlar a Raiva, e depois ir a um filme clássico com um amigo! Calma Donald, Calma!”.
O sentido de humor da ambientalista sueca já se havia revelado após o tweet em que Trump a aconselhava a relaxar. Nessa altura, Greta Thunberg mudou a bio que faz a sua descrição na rede Twitter para “uma jovem adolescente a tratar do seu problema de controlo da raiva (…) a relaxar e a ver um filme clássico com um(a) amiga/o”.
Os ambientalistas têm contudo poucos motivos para sorrir. Numa derradeira assinatura do que tem sido este mandato de Donald Trump, os Estados Unidos deixaram oficialmente esta semana o Acordo de Paris para o clima. Com a corda dos números ao pescoço e a asfixiar cada vez mais qualquer possibilidade do Presidente de garantir por mais quatro anos a chefia da sala Oval e do país, Trump consegue ainda assim reverter um dos feitos mais assinaláveis do seu antecessor, Barack Obama, quando adicionou os Estados Unidos ao grupo de países que se comprometeram em 2015 com uma acção concreta em nome do clima e do futuro do planeta.
Trata-se de uma retirada norte-americana com a chancela típica do presidente Trump, quando o decorrer do processo eleitoral ameaçava já uma continuidade à frente dos destinos do país. Entretanto, Joe Biden, a quem a ambientalista endossou o seu apoio formal nestas presidenciais de 2020, já deixou a promessa de retomar o Acordo de Paris no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos.
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