A notícia foi avançada pela Bloomberg, citando um comunicado enviado pela construtora chinesa ao regulador, onde a CCCC diz que assinou o acordo com a Mota Gestão e Participações, a holding da família Mota que vai assim baixar a sua posição de controlo na construtora portuguesa.
A construtora portuguesa acrescenta que a efetividade do acordo está "dependente da verificação de várias condições precedentes, de índole legal e contratual, entre as quais se incluem a aprovação ou o consentimento por parte de diversas entidade públicas e a confirmação por parte da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) de que o acordo e as operações nele previstas não impõem para a CCCC a obrigação de lançamento de uma oferta pública de aquisição".
Em agosto o presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, apontou como prazo para a concretização desta transação, incluindo o aumento de capital, o quarto trimestre deste ano. No entanto, tendo em conta as aprovações que são ainda necessárias e os timings para a publicação do propecto, a operação só deverá ficar fechada no primeiro trimestre do próximo ano.
Em agosto, a Mota-Engil anunciou que estava em fase final de negociação um acordo de parceria estratégica e investimento com "um dos maiores grupos de infraestruturas do mundo (top 5), com uma atividade significativa a nível mundial", que se irá tornar "um acionista relevante e um parceiro de longo prazo" do grupo hoje controlado pela família de António Mota.
Então foi anunciado que a parceria se concretizaria através da compra de uma "participação relevante" à Mota Gestão e Participações (MGP), a "holding" da família Mota, e da subscrição de um aumento de capital de até 100 milhões de ações, findo o qual a CCCC passaria a deter mais de 30% do grupo português.
O negócio avaliaria em cerca de 750 milhões de euros a Mota-Engil. No âmbito deste acordo noticiado em agosto, a CCCC iria adquirir uma posição na Mota-Engil à holding da família Mota e participar num aumento de capital, assegurando mais de 30% do grupo, enquanto a Mota Gestão e Participações reduziria para 40%, tal como está detalhado no esquema em baixo.
Sem comentários:
Enviar um comentário