António Costa defendeu este sábado que "não é preciso fazer drama" com a aplicação StayAway Covid, garantindo que a Polícia não vai "andar a fazer operações Stop a pedir para abrirem as malas" e "ver o telemóvel". Admitiu, porém, que houve "má explicação" desta medida.
Numa entrevista promovida pelo PS nas redes sociais, o primeiro-ministro deu conta de "um crescimento muito significativo do número de descargas" da aplicação e também "do número de códigos emitidos pelos médicos e de comunicações na rede StayAway Covid".
Confrontado com a polémica que se instalou por defender a sua obrigatoriedade, Costa disse haver "má compreensão e seguramente má explicação". "Em primeiro lugar sobre como funciona", destacou o líder socialista, garantindo que "não permite de todo a geolocalização das pessoas", não vai rastrear movimentos e garante o anonimato. Além disso, considera ser algo "mais restritivo das liberdades" a obrigatoriedade da máscara, em comparação com a nova aplicação.
Questionado sobre a ideia de que polícias vão andar a olhar para os telemóveis, disse que "também é errada" e ressalvou que a obrigatoriedade é em ambiente laboral, escolar e dentro das Forças Armadas e de segurança.
Mais adiante na entrevista, após ter defendido que "não é preciso fazer um drama desta matéria", o primeiro-ministro rejeitou o caráter coercivo que é atribuído à aplicação. E "essa ideia de que a Polícia vai andar a fazer operações Stop a pedir para abrirem as malas para ver o telemóvel obviamente não vai existir nem está abrangida sequer", assegurou o chefe do Governo.
"Quando a mensagem é mal compreendida é porque quem comunicou essa mensagem comunicou mal", acrescentou Costa, perante a insistência da moderadora Maria Elisa Domingues.
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